Pois então, a Ana Luzia está com quase 7 meses e o primeiro dentinho já está dando sinal de que está chegando! Siiim, ainda não consegui ver, mas senti aquela serrinha na gengiva da musinha. Fora que ela passou o dia meio enjoada, reclamando um pouco... judiaria!! Se tomarmos por base o nascimento do siso, deve doer!
Vejam o artigo do
Baby Center sobre os dentinhos.
Nascimento dos dentes
O aparecimento dos dentes não é um daqueles marcos que acontecem de uma
só vez. A mudança do sorriso desdentado para uma boca cheia de dentinhos
é um rito de passagem que pode se estender pelos três primeiros anos de
vida do seu filho.
A história começa dentro do útero. Durante a gravidez, o bebê adquiriu
os chamados botões dentários, as fundações dos dentes-de-leite (ou
dentes decíduos, no termo técnico). Esses botões começam a romper a
superfície da gengiva em algum momento entre os 3 e os 12 meses. O mais
comum é o primeiro dentinho -- um sinal inegável de que seu bebê está
crescendo -- por volta dos 6 meses, que é também o momento em que a
dieta dele passa a incluir
alimentos sólidos.
Quando tiver 3 anos, a criança terá a boca cheia de dentes, e já poderá
escová-los sozinho (com um pouco de ajuda) -- um passo importante no
caminho para assumir seus cuidados pessoais.
Quando acontece
Talvez você não saiba, mas um em cada 2.000 bebês já nasce com um dente
-- ou até dois! Mas a grande maioria das crianças tem o primeiro
dentinho aos 6 ou 7 meses de idade. Os mais precoces podem romper o
primeiro dente (normalmente o incisivo central inferior) já com três
meses, enquanto outros podem ter de esperar até quase 1 ano. Os últimos
dentes (os segundos molares, no fundo da boca) costumam já ter nascido
no segundo ano de vida. Com 3 anos, seu filho deve ter o conjunto
completo: 20 dentes-de-leite.
Como acontece
Para muitos bebês (e seus pais), a chegada do primeiro dentinho não é lá
muito divertida. Pode ser um processo longo e exaustivo. Os primeiros
sintomas -- entre eles muita babação e uma boa dose de dor -- começam um
mês ou dois antes do grande evento. Isso pode representar noites e
noites em claro consolando a criança. Para aliviar o sofrimento, seu
bebê pode começar a morder, mas não por hostilidade. Para melhorar o
incômodo, você pode dar a ele alguma coisa para morder, como mordedores
ou coisas geladas, ou massagear a gengiva dele com seu dedo.
As gengivas também podem ficar inchadas quando os dentes vão romper, e
as bochechas do seu filho parecerão um pouco maiores. Embora os
especialistas afirmem categoricamente que o nascimento dos dentes não
causa febre nem
diarréia, a maioria dos pais diz observar esse tipo de sintoma. Como nessa fase também são comuns
resfriados, gripes ou desarranjos intestinais, é melhor ficar de olho nos sintomas e levar a criança ao médico se ela não melhorar.
Para os mais sortudos (que não são tão poucos assim, felizmente), o
nascimento dos dentes pode ser uma experiência quase indolor. Mas não
deixa de ser uma transformação radical: numa semana seu neném tem um
sorrisão desdentado, e na seguinte o branquinho já desponta na gengiva.
Comemore o primeiro dentinho tirando muitas fotos, e anote a data do
aparecimento como recordação.
A partir daí, os dentes vão surgindo um atrás do outro: primeiro os dois
incisivos centrais de baixo, depois os dois de cima, em seguida os que
ficam ao lado, e dali para o fundo. O desenvolvimento dos dentes é
hereditário, por isso se você teve dentes cedo é provável que a mesma
coisa aconteça com seu filho.
O que vem pela frente
Os dentes-de-leite só vão cair quando os permanentes estiverem prontos para irromper, por volta dos 6 anos de idade.
O que você pode fazer
Não há nada que se possa fazer para apressar o surgimento dos dentes,
mas dá para aliviar o incômodo do bebê. Primeiro, dê à criança alguma
coisa para morder, como um mordedor. Se ele estiver gelado, o alívio
será maior. Alimentos frios também podem ser benéficos, como frutas e
iogurte direto da geladeira. Se a dor for evidente, você pode dar ao seu
filho a dose indicada de um analgésico infantil como o paracetamol,
sempre seguindo as orientações prévias do pediatra. Caso seu filho
esteja com febre, ou não consiga se acalmar, é melhor levá-lo ao médico
-- ele pode estar com alguma outra coisa, como por exemplo uma
otite.
Quando os dentes aparecem, é preciso mantê-los limpos. Durante o primeiro ano de vida do seu filho, você não vai
escovar
de verdade os dentes dele, mas tente passar uma fraldinha limpa ou uma
gaze neles pelo menos uma vez por dia -- uma sugestão é incluir o hábito
na rotina de antes de dormir. Existem também dispositivos para encaixar
no dedo, exclusivamente para essa operação. Por falar em dormir, muitas
vezes as crianças se acostumam a adormecer mamando. Tente evitar esse
costume, porque os açúcares do leite (mesmo no leite materno ou no leite
em pó sem adição de açúcar) podem fermentar, corroendo o esmalte dos
dentes.
Se seu bebê só dorme tomando mamadeira, dê o leite a ele no seu colo
para apoiar um pouco a cabeça para cima, em vez de dar no berço. Depois
dos 6 meses, depois que o bebê estiver bem alimentado e com os dentes
limpos, pode-se ir diluindo a mamadeira que ele usa "para dormir" com
água, para que o açúcar fique menos concentrado. Vá fazendo isso bem aos
pouquinhos, para ele não chiar. Se o bebê tem o costume de acordar de
madrugada para mamar, a estratégia da diluição pode até fazer com que
ele perca o hábito e passe a dormir a noite inteira, para felicidade
geral da família.
A água do sistema público de abastecimento, ou seja, a água tratada que
sai da torneira, já contém flúor. O bebê vai ingerir esse flúor nos
alimentos que você preparar. Como a quantidade de flúor nas águas
minerais não é regulamentada, é preferível dar água filtrada e fervida
ao seu filho, seja para beber pura ou para preparar a fórmula láctea em
pó. No caso de você só ter acesso a água de poço, pode ser necessário
administrar flúor ao bebê. Pergunte ao médico se é o caso.
Quando tiver 1 ano e meio, seu filho pode começar a aprender a escovar
os dentes. Você ainda terá que acompanhá-lo nessa operação por vários
anos, mas é bom ele ir adquirindo o hábito. Use uma escova macia e uma
quantidade bem pequena de pasta de dente. Não é preciso escovar em uma
direção específica, já que a criança nem sempre colabora. Só tente
retirar fragmentos de alimentos e limpar a superfície dos dentes e das
gengivas.
Se seu filho não gostar do creme dental, tente outra marca ou
simplesmente não use. A pasta de dente só é necessária se a alimentação
da criança for rica em alimentos doces -- que de qualquer forma devem
ser evitados. É importante que a quantidade do creme dental seja bem
pequena, para evitar que a criança engula o flúor, o que pode provocar
uma condição chamada fluorose, que causa manchas nos dentes. Os cremes
dentais infantis já têm menos flúor que os adultos, e existem no mercado
algumas opções de pasta sem flúor, para bebês. Se você não tiver acesso
a esse tipo de creme dental especial, procure mesmo só "sujar" a escova
com creme dental.
Quando a criança exagerar nos doces, como numa festa de aniversário, por
exemplo, tente fazê-la escovar os dentes logo depois de comer, ou então
a incentive a comer alguma coisa salgada por último. Especialistas
sugerem que a primeira consulta no dentista aconteça perto do primeiro
aniversário, para orientação. O importante, no entanto, é encarar a ida
ao dentista como uma prevenção, e não como solução quando os problemas
já tiverem aparecido.
Quando se preocupar
Os dentes de bebês prematuros podem demorar alguns meses a mais para
nascer. Se seu filho fez 1 ano e não há nenhum sinal de dente, fale com o
pediatra na próxima consulta. Caso seu bebê esteja com todos os sinais
de que os dentinhos estão vindo -- babando, com a gengiva inchada --,
mas parece estar com uma dor excessiva (chorando inconsolavelmente, por
exemplo), leve-o ao médico.